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Não se pergunte por que as pessoas enlouquecem. Se pergunte por que não enlouquecem. Diante do que podemos perder num dia, num instante. Se pergunte: Que diabos é isso que nos faz manter a razão?
Em geral os humanos e elfos se casam. O elfo atraído pela energia humana e o humano pela graça elfica. Esses casamentos acabam depressa, na opinião dos elfos, por que a vida de um humano é muito rápida, mas deixam um legado duradouro - os descendentes meio-elfos. Nossa vida pode ser muito dura. Se um de nós é criado em meio aos elfos, crescerá numa velocidade estonteante, atingindo a maturidade em duas décadas. Ele se tornará adulto muito antes de ter aprendido a intricada arte e cultura élfica, ou mesmo sua gramática. Ultrapassará rapidamente seus amigos de infância, tornando-se fisicamente adulto, embora seja culturalmente uma criança pelos padrões elficos. Normalmente ele deixa sua casa élfica que não mais é a mesma e procura seu caminho entre os humanos. Por outro lado, se um de nós é criado por humanos, ele se sentirá diferente de seus pares: mais reservado, mais sensível, menos ambicioso e de maturação mais lenta. Tentamos nos enquadrar entre os humanos enquanto alguns descobrem suas identidades nessa diferença. Alguns encontram seu lugar nas terras humanas, mas outros se sentem deslocados por toda vida.
#Personalidade (Inventividade refinada...)
A maioria dos meio-elfos possui a curiosidade, a inventividade e a ambição do seu lado humano, juntamente com os sentidos refinados, como o amor a natureza e os gostos artísticos de sua herança.
#Descrição Física (Nem elfo, nem humano...)
Para os humanos os meio-elfos parecem elfos. Para os elfos os meio-elfos parecem humanos (na verdade, os elfos os chamam de meio-humanos) a estatura do meio-elfo varia entre 1,5 m e 1,8 me eles pesam entre 45 e 90 quilos. Os meio-elfos geralmente são mais altos e mais pesados que as meio-elfas, mas a diferença é menos acentuada que a encontrada entre os humanos. Eles são mais pálidos, mais magros de pele mais lisa que os humanos, mas a tonalidade de sua pele, cor de cabelo e outros detalhes possuem a mesma variedade que caracteriza os humanos. Os olhos dos meio-elfos são verdes, similares ao dos seus parentes élficos. Um meio elfo atinge a idade adulta aos 20 anos e pode viver mais de 180 anos. A maioria dos meio-elfos é filha de pares humanoe elfo. Porém alguns descendem de pares que já têm uma parte humana, e uma parte élfica. Alguns desses meio-elfos de “segunda geração” possuem olhos mais parecidos com os dos humanos, mais ainda assim, a maioria conserva o tom esverdeado.
#Tendência (Imprevisíveis...)
Os meio-elfos partilham a tendência caótica de sua linhagem élfica, mas como os humanos, não tendem ao bem nem ao mal. Como os elfos, eles valorizam a liberdade pessoal a expressão criativa, não demonstrando amor por lideres ou vontade de ter seguidores. Eles ignoram as regras, ficam ressentidos com exigências dos demais, e algumas vezes se mostram pouco confiáveis.
#Relações (Diplomatas por nascimento...)
Os meio-elfos se saem bem tanto com os elfos como com os humanos, mantendo ainda boa relações com anões, halflings e guinomos. Alguns meio-elfos possuem uma inimizade destacada pelos meio-orcs.
Como híbridos, a graça e a elegância dos elfos e a energia humana, mas não a arrogância dos primeiros e nem a chatice dos segundos. São excelentes diplomatas e embaixadores, embora não para os homens e elfos, pois os dois suspeitariam que ele estaria favorecendo o outro lado.
#Terras (Híbridos sem reino...)
Os meio-elfos não possuem terras próprias, apesar de serem bem vindos nas terras humanas e florestas elficas. Por vezes, em grandes cidades formam comunidades próprias.
■ Armas das sombras: Materializam* armas vindas da própria sombra ou da sombra de seus inimigos. Durante a noite, podem criar armadilhas ou alterar por completo o cenário.
*Materialização das Sombras: Podem criar sombras no formato de seres, usando-as como isca. Porém, essas ilusões não são capazes de emitir quaisquer sons e não possuem sombras próprias. O Reaper é capaz de ver e ouvir através desses fantoches.
■ Forma Fantasma: Torna-se sombra por um curto período de tempo. Quando está nessa forma, ele não recebe dano e pode atravessar inimigos. Mas não pode usar suas armas e outras habilidades.
■ Passos das sombras: Após marcar um destino, o Reaper desaparece e reaparece naquele destino. Semelhante à uma habilidade de teleporte, mas precisando ser um local que seu olhar esteja fixo.
■ Conexão de Almas: É capaz de sentir a magia e presença de outros seres à sua volta, determinando sua exata localização. Para isso, precisa privar-se da visão para conectar-se às sombras.
#Armas: Diversas
Materializam a própria sombra em forma de armas, não restringindo-se apenas ao conceito popular de foice. São armas capazes de ferirem quaisquer tipos de seres (incluindo outros Reapers, seres sobrenaturais ou divindades), reduzindo a regeneração desses ferimentos à mesma capacidade do Reaper (às de um humano).
#Força e Velocidade: Igualdade
A força e a velocidade se igualam naturalmente à força e velocidade de seu alvo. Quanto maior à demonstração de força ou velocidade física, maior a possibilidade de igualar-se à ela. Porém, só é capaz de focar em um único indíviduo por vez. Normalmente possuem a mesma força e velocidade que possuiam em sua primeira vida.
#Regeneração: Limitada
Possuem as mesmas capacidades de regeneração de um humano comum, curando-se de todos os ferimentos apenas após eliminação do alvo*¹. Porém são imunes à venenos, ataques psíquicos ou magia*². Caso sejam mortos, seu corpo se reduz à sombras e são enviados de volta à mãe (morte) no plano espiritual, retornando apenas após concentimento da mesma. O local de retorno costuma ser o mesmo da morte, mas pode ser alterado de acordo ao desejo do Reaper, limitando-se à lugares que já conheça.
*¹ Cura após eliminação do alvo: Por essa razão os corpos dos alvos tornam-se pálidos, vazios e sem vida, com suas células apresentando sinais intensos de degradação.
*² Imunidade à Magia: São imunes à magias que os ataquem diretamente, mas não à consequências delas. Por exemplo: Uma magia do tipo fogo não o queima, mas uma magia que inicie um incêndio, pode fazer com que o fogo real o queime vivo.
Reapers são comissais da morte, designados à tarefa de ceifarem vidas. São conhecidos como os filhos da morte, abençoados pela personificação da morte ao serem vítimas de uma morte prematura e reconhecidos como aptos ao trabalho. Recebem o direito de continuarem à viver o tempo que lhes foi concedido pelo universo, em troca de ceifarem a vida daqueles que conseguiram de alguma forma ultrapassar esse tempo ou impediram que outros cumprissem seu prazo de vida. São caçadores naturais aos que quebram as duas leis, uma vez em que caso resistam à cumprir seu trabalho, a morte os obriga à sentirem a revolta pelas próprias mortes ao encontra-los, como se o alvo fosse culpado por isso. Quando nesse estado, o Reaper entra em frenesi e é incapaz de sentir alívio até a eliminação do alvo.
#SOBRE O MUNDO
Eldoria, um reino vasto e diversificado onde a magia dança entre as árvores antigas e as montanhas escarpadas. Em Eldoria, as fronteiras entre os reinos das raças são marcadas por terras selvagens, cidades muradas e vastas extensões de território selvagem. É um mundo onde a fantasia e a tecnologia se entrelaçam de maneiras surpreendentes, onde a magia antiga coexiste com engenhocas mecânicas e armas avançadas.
No coração deste mundo está a cidade-estado de Arvendell, uma metrópole majestosa que serve como o epicentro do comércio e da diplomacia entre as diversas raças. Aqui, elfos de aparência graciosa passeiam pelas ruas ao lado de humanos robustos e anões engenhosos. Nas sombras das vielas escuras, os segredos dos clãs de demônios e os pactos dos feiticeiros se entrelaçam, enquanto os bestiais percorrem as bordas da cidade em busca de aventuras.
Os impérios anões se estendem pelas montanhas, onde cidades esculpidas na pedra servem como testemunho da habilidade artesanal e da engenhosidade mecânica de seu povo. Aqui, sob as profundezas da terra, as forjas ardentes dos anões produzem armas e armaduras lendárias, enquanto os esquadrões de sentinelas montam guarda nas fronteiras, protegendo seu território de invasores e monstros das profundezas.
Os elfos, em contrapartida, residem nas copas das árvores ancestrais da Floresta de Yarwen, uma vasta expanse de verde exuberante e magia sutil. Nas clareiras ocultas e cidades suspensas entre as folhas, os elfos cultivam uma conexão profunda com a natureza, dominando tanto a arte da magia quanto a ciência da alquimia. Suas florestas são lar de criaturas mágicas e antigas, guardiãs dos segredos do mundo.
Os monstros vagueiam pelas terras selvagens, uma miscelânea de criaturas ferozes e criaturas mágicas, algumas aliadas, outras hostis às raças civilizadas. Das montanhas congeladas às planícies ensolaradas, os monstros vagam em bandos ou solitários, um lembrete constante do perigo que espreita além das fronteiras das cidades.
E nos reinos demoníacos além dos mares de fogo, os clãs de demônios tecem intrigas e conspirações, alimentando-se do caos e da corrupção. Suas fortalezas imponentes se erguem sobre as terras ardentes, enquanto seus exércitos de criaturas infernais marcham em direção aos reinos dos mortais, ansiosos para espalhar a desolação e o desespero.
Nos céus de Eldoria, os anjos voam em majestade, guardiões celestiais que observam o mundo dos mortais com olhos benevolentes. Suas asas brilhantes cortam os céus em busca de justiça e redenção, intercedendo nos assuntos dos reinos quando o equilíbrio entre o bem e o mal está ameaçado.Dos reinos celestiais além das estrelas, os anjos descem em momentos de crise, trazendo consigo poder divino e sabedoria ancestral. Suas presenças inspiram coragem nos corações dos mortais e iluminam os caminhos daqueles que buscam a verdade e a virtude.
Nos templos e santuários dedicados aos deuses, os sacerdotes e clérigos clamam pela proteção e orientação dos anjos, invocando suas bênçãos para afastar a escuridão e promover a paz entre as raças. Para alguns, os anjos são seres de admiração e devoção, enquanto para outros, são figuras misteriosas cujas intenções são difíceis de compreender. Entre os reinos dos mortais, os anjos são tanto fonte de esperança quanto de temor, pois sua presença é um lembrete constante do poder divino que governa sobre todas as coisas. E enquanto as raças de Eldoria lutam entre si por poder e influência, os anjos observam silenciosamente, prontos para intervir quando o destino do mundo está em jogo.
#MITOLOGIA
Em Eldoria, as divindades são uma presença constante, reverenciadas e adoradas pelas diversas raças que habitam o mundo. Elas representam aspectos fundamentais da existência e governam sobre os reinos celestiais, cada uma com sua esfera de influência e seus seguidores devotos.
1. Auriel, a Deusa da Luz: Auriel é a divindade da luz e da bondade, conhecida por sua compaixão e justiça. Seus seguidores são muitas vezes encontrados entre os elfos e humanos, que buscam inspiração em sua sabedoria e benevolência.
2. Thornak, o Deus da Forja: Thornak é venerado como o deus dos anões, senhor das forjas e artífice supremo. Ele é o guardião das artes mecânicas e o protetor dos artesãos e ferreiros, cujas habilidades são uma dádiva divina.
3. Sylvana, a Deusa da Natureza: Sylvana personifica a beleza e o poder da natureza, sendo adorada pelos elfos como a guardiã das florestas e dos animais. Seus seguidores buscam preservar o equilíbrio entre o mundo natural e o mundo civilizado.
4. Morthos, o Deus da Morte: Morthos é uma divindade temida e respeitada, responsável por guiar as almas dos mortos para o além. Sua presença é sentida nos momentos finais de todas as criaturas vivas, e seu reino sombrio é um destino inevitável para todos os seres mortais. É o único que não possui um gênero definido. Aparece na figura de uma caveira, de uma mulher com um grande colar portando um relógio ou na figura de um homem velho com roupas rasgadas.
5. Lilith, a Deusa da Magia: Lilith é a senhora dos segredos arcanos e dos mistérios da magia. Seus seguidores são geralmente feiticeiros, magos e estudiosos que buscam dominar os segredos do universo através do estudo e da prática mágica.
6. Gorak, o Deus da Guerra: Gorak é o senhor da batalha e da conquista, adorado por guerreiros e líderes militares em busca de vitória e glória. Seus templos são erguidos em campos de batalha e fortalezas, onde seus seguidores rezam por força e coragem em tempos de guerra.
Essas divindades, cada uma com sua própria influência e domínio sobre o mundo, moldam as crenças e as tradições das raças de Eldoria, guiando o destino do mundo com suas vontades divinas.
#RAÇAS E DIVINDADES
1. Elfos: Seguem principalmente a deusa Sylvana, a Deusa da Natureza, devido à sua conexão profunda com as florestas e a magia da natureza.
2. Anões: Os anões geralmente adoram Thornak, o Deus da Forja, pois eles valorizam a habilidade artesanal e a engenhosidade mecânica.
3. Humanos: Os humanos têm uma variedade de crenças, mas muitos deles veneram Auriel, a Deusa da Luz, em busca de orientação e proteção em suas vidas.
4. Demônios: Entre os demônios, há cultos dedicados a diversas divindades, mas alguns adoram Lilith, a Deusa da Magia, pela busca do poder arcano.
5. Bestiais: Os bestiais, sendo criaturas mais selvagens, tendem a adorar divindades ligadas à natureza, como Sylvana, ou divindades da guerra, como Gorak, o Deus da Guerra.
6. Monstros: Os monstros geralmente não seguem divindades da mesma forma que as raças civilizadas, mas alguns podem ser influenciados por cultos ou entidades malignas associadas a Morthos, o Deus da Morte.
É importante notar que essas são tendências gerais e que indivíduos dentro de cada raça podem ter crenças diferentes ou seguir outras divindades com base em sua própria história pessoal, localização geográfica ou experiências de vida.
#HISTÓRIA DE DOWSLEY
Dowsley era um jovem meio-elfo que viveu uma vida de desafios desde o momento em que nasceu. Sua mãe humana (Elara) morreu durante o parto, deixando-o aos cuidados de seu pai elfo em um mundo que não aceitava facilmente aqueles que eram diferentes. Cresceu em uma aldeia onde era constantemente marginalizado, nem totalmente aceito pelos humanos nem pelos elfos.Um dia, quando estava prestes a completar vinte anos, Dowsley encontrou-se em meio a uma situação de perigo iminente. Uma criatura das sombras, um espectro ancestral, escapou de seu selo e começou a espalhar o caos pela aldeia. Dowsley, impelido por um instinto que não compreendia totalmente, enfrentou a criatura para proteger sua comunidade e tentar conquistar reconhecimento.
A noite envolvia a aldeia em um manto escuro, enquanto Dowsley, ferido e exausto, enfrentava a criatura das sombras que ameaçava sua comunidade. O monstro, uma aberração sombria que se movia entre as sombras, lançava golpes poderosos e rápidos, desafiando os esforços dos moradores para detê-lo. Dowsley, impelido pelo desejo de proteger sua comunidade, agarrou sua pistola com firmeza, confiando em sua habilidade e treinamento como lutador. Cada tiro era calculado, cada bala disparada com precisão enquanto ele lutava para manter a criatura à distância. No entanto, a criatura era ágil e astuta, desaparecendo nas sombras e reaparecendo em locais inesperados. Dowsley lutava com todas as suas forças, mas começava a perceber que sua habilidade e munição não seriam suficientes para derrotar esse inimigo sobrenatural. Foi então que, em um momento de desespero, Dowsley se lembrou de uma lição antiga ensinada por seu pai elfo: a coragem e a determinação podiam superar até mesmo os desafios mais impossíveis. Com um grito de determinação, ele canalizou toda a sua vontade e bravura, enfrentando a criatura das sombras com uma determinação renovada. Porém seus esforços foram em vão. Ainda que tivesse conseguido se aproximar da criatura, ao acionar a arma descobriu que as balas haviam acabado. O som da arma sem balas transformou sua súbita adrenalina de coragem em puro pavor, agora que se via impotente diante da figura sinistra que havia tomado algum dano, mas estava longe de ser derrotada.
Impelido pelo instinto de sobrevivência, Dowsley tentou fugir da criatura, mas seus movimentos eram desajeitados e sua mente turva pelo pânico. A criatura avançou rapidamente, seus olhos brilhando com uma malevolência sombria. Com uma velocidade sobrenatural, ela atravessou Dowsley com sua mão espectral, penetrando fundo em suas costas até o peito, saboreando sua dor com um sorriso cruel. Dowsley caiu de joelhos, sentindo uma dor lancinante se espalhar por todo o seu ser. O mundo ao seu redor girava em uma dança de sombras e agonia, enquanto ele lutava para manter-se consciente. Então, a escuridão o envolveu, e Dowsley sentiu-se afundando em um abismo sem fim. A dor cedeu lugar a uma sensação de paz e serenidade, enquanto ele se rendia ao inevitável.
"Pobre criança...", a voz sombria da Morte sussurrou em seus ouvidos quando ele atravessou o limiar entre a vida e a morte. "Mas vejo potencial em você. Seria você digno dessa minha confiança?"
Dowsley ergueu os olhos, surpreso e temeroso diante da figura imponente diante dele. "O que você quer de mim?", ele perguntou, sua voz trêmula de dor e incerteza.
"Aceite meu acordo", a Morte ofereceu, sua voz ressoando com uma gravidade que fez Dowsley tremer. "Torne-se um dos meus, um ceifador, um Reaper. Te darei a oportunidade de vingar sua morte, proteger os seus aliados. E em troca, você continuará vivendo sob meu comando, auxiliando e vingando outras almas que tiveram um destino similar. Te darei poder suficiente para destruir aqueles que desafiam a ordem natural, e você se tornará parte de mim."
Aquelas palavras ecoaram na mente de Dowsley, trazendo consigo uma enxurrada de emoções conflitantes. Por um momento, ele hesitou, seu coração dividido entre o desejo de continuar vivendo e o medo do desconhecido. Mas ouvindo os gritos das vítimas ao seu redor, ele não desejava apenas morrer sem nunca ter dado orgulho à seu pai e mostrar que era mais do que apenas um meio elfo comum. Seu pai jamais teria caído dessa forma, por um erro tão estúpido quanto a falta de balas no tambor. Além disso, ele não desejava deixar seu pai que já havia perdido sua mãe, perdê-lo também. Assim, sua voz escapou frágil, quase impossível de ser ouvida no meio do calor da batalha. "Eu aceito". A morte sorriu, de forma sinistra, como se houvessem ainda entrelinhas não explicadas. Horas depois, Dowsley despertou, sua mente clara e seus sentidos aguçados. Ele se ergueu, percebendo que algo havia mudado dentro dele. Seu corpo estava vivo mais uma vez, mas não como antes. Ele havia renascido como um ceifador, marcado pela morte e dotado de habilidades sobrenaturais. Ao único pensamento de alcançar sua arma no chão, armas apareceram envolvidas em sombras em suas mãos como mágica, com balas infinitas. Sem pensar duas vezes ele correu, sentindo-se poderoso e implacável diante da criatura. Era estranho... O que era medo agora havia se tornado um desejo forte de consumir a vida daquele ser. Um prazer imenso superior à qualquer outro que já havia sentido. Ele riu, de forma tão sinistra quanto à morte antes enquanto abatia a criatura que agora sucumbia ao poder das trevas. Seu pai viu a cena, e imediatamente compreendeu o ocorrido ao ver a figura de Morthos. O coração do pai encheu-se de angustia, pois sabia mais do que ninguém o tipo de acordo que Dowsley havia aceitado. Ao mesmo tempo em que um alívio o envolvia ao ver o filho ainda vivo. Ele o abraçou e Morthos por hora desapareceu. Os demais que viram a cena olhando para Dowsley não como um héroi como ele esperava, mas com medo. Mais medo do que haviam sentido antes pela criatura. Seu pai o protegeu, segurando-o pelo punho e fugindo dali, onde reconstruíram suas vidas na vasta terra dos anões das montanhas com a ajuda de um amigo de seu pai.
Ao longo dos anos, Dowsley viajou pelos reinos, cumprindo sua tarefa com diligência e determinação. Mas havia algo que o atormentava: sua própria humanidade. A cada alma que ceifava, sentia uma dor profunda e uma angústia crescente. Ele não era apenas um executor da morte, era um ser humano com sentimentos e compaixão. Um dia, enquanto estava em uma missão para ceifar a alma de um poderoso feiticeiro que havia desafiado as leis da natureza, Dowsley hesitou. Ele olhou nos olhos do feiticeiro e viu o medo, a solidão e o arrependimento. E foi nesse momento de conexão humana que algo dentro de Dowsley mudou. Dowsley, marcado pela morte e pela compaixão, enfrentou um dilema moral que mudaria o curso de sua existência. Diante dos olhos do feiticeiro, ele sentiu a humanidade pulsando em seu próprio ser, mas hesitou em reconhecer a verdadeira natureza do homem diante dele. O feiticeiro, conhecido como Malgrim, era mestre na arte negra da magia, e sua busca por poder o levou a cometer atos de crueldade e destruição. Aldeias inteiras haviam sido consumidas pelas chamas sombrias de seus feitiços, e o sofrimento dos inocentes ecoava em cada canto da região. Dowsley, confuso e atormentado pela dúvida, permitiu que Malgrim escapasse, esperando evitar mais derramamento de sangue. Mas sua decisão teve consequências terríveis. O feiticeiro fugitivo continuou sua jornada de destruição, espalhando o caos e a morte por onde passava. Inocentes morreram nas mãos de Malgrim, e Dowsley sentiu o peso de sua falha pesar sobre sua consciência. Ele compreendeu, tarde demais, que sua hesitação em enfrentar o mal diretamente havia custado vidas inocentes. Determinado a corrigir seus erros, Dowsley lançou-se em uma perseguição implacável ao feiticeiro, determinado a detê-lo antes que causasse mais danos. Em uma batalha épica, ele utilizou todos os seus poderes como ceifador para enfrentar o feiticeiro e restaurar a paz nas terras assoladas pela escuridão. Ao final da batalha, Dowsley olhou nos olhos de Malgrim e compreendeu a verdadeira natureza do equilíbrio. Toda ação tinha consequências, e cabe a cada um de nós aceitar nossas responsabilidades e enfrentar as escolhas que fazemos. Dowsley continuou sua jornada como um ceifador, mas agora com um fardo ainda maior em seus ombros. Ele sabia que sua decisão de deixar Malgrim escapar tinha custado vidas inocentes, e isso o assombrava a cada passo. No entanto, ele também compreendeu que sua identidade como ceifador o protegia do reconhecimento pelos vivos. Quando estava na forma de Reaper, ele era apenas uma sombra na noite, uma figura sinistra que passava despercebida pelos olhos mortais. Assim, a história de Dowsley permaneceu oculta nas sombras, conhecida apenas pelos ventos sussurrantes e pelas estrelas que testemunharam sua bravura silenciosa. Seus atos de coragem e sacrifício foram perdidos para o mundo dos vivos, mas ecoaram eternamente nos reinos dos mortos. Dowsley vive com seu pai (Aldarion) ainda nas montanhas e mantém sua identidade em segredo, sendo apenas conhecido por seu pai e poucos de sua confiança. Já seu pai, busca livrar seu filho de sua maldição.